Brazil
February 8, 2017
Foram quatro dias de interação, 40 horas no campo, mais de 1.500 participantes do Brasil inteiro e mais duas edições do Fundação MT em Campo, realizados nos dias 26 e 27 de janeiro e 2 e 3 de fevereiro, em Nova Mutum (MT) e Rondonópolis (MT), respectivamente.
Com mais de 50 pessoas envolvidas na organização, a sensação é de mais uma missão cumprida em favor da agricultura do Estado, explica Leandro Zancanaro, gestor de Pesquisa da Fundação MT. “Desde o primeiro evento desse formato nosso objetivo é realizar um verdadeiro dia de campo para visualizar o impacto de estratégias de manejo integradas a campo, para posterior discussão, sem palestras”, explica.
Nas duas etapas a Fundação MT preparou 21 estações com ensaios que envolvem manejo do solo, doenças, pragas, genética, tecnologias para a agricultura, adubação, tudo de forma integrada, como no cubo mágico aplicado no conceito do evento, que demonstra a necessidade da sincronia entre todas as práticas realizadas o ano inteiro, desde o planejamento até a colheita.
Um dos experimentos conduzidos e mostrados no evento do CAD – Sul, a 85 quilômetros de Rondonópolis, com resultados inéditos, ao longo de nove safras, foi sobre aplicação de calcário superficial em três sistemas de produção: monocultivo (soja/pousio); sucessão (soja/milheto); e rotação de culturas (soja/milho - soja/crotalária - soja/braquiária). Nesse estudo foram apresentadas as razões primordiais para se corrigir o solo e manter o sistema em funcionamento, através do aporte de palhada. “Passados nove anos de pesquisa concluímos que o sistema de produção é o que prevalece. Ele fala mais alto que o próprio modo ou a dose de aplicação do calcário em superfície. Então, é de fundamental importância que durante as tomadas de decisões o produtor ou o técnico associe o conjunto de boas práticas em manejo do solo e nunca, isoladamente. A colheita que vamos ter daqui cinco, dez ou 20 anos, será, de fato, reflexo do que nós planejamos e executamos hoje com qualidade”, pontuou o pesquisador da Fundação MT, Claudinei Kappes.
Assim como em outras edições, a pesquisa aplicada da instituição deixou mensagens visíveis para quem participou, dados que não são possíveis de serem expressos apenas por textos ou fotos. “Ver ao vivo permite que todo aquele que vive da eficiência produtiva saia do evento diferente de quando chegou”, acrescenta Leandro Zancanaro.
Nesta edição, as empresas patrocinadoras foram Arysta, Basf, Bayer, Dow, Du Pont, Jacto, Kleffmann Group, Mosaic, Nufarm, Syngenta, TMG, UPL e Vale, além do apoio da Aprosoja/MT.