Brazil
July 4, 2016
O Tecpar foi contratado pela Associação Paranaense de Sementes e Mudas (Apasem), para realizar estudos de determinações qualitativas quantitativas de resíduos de agrotóxicos em embalagens de sementes tratadas, visando atender a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e a Resolução nº 57/2014, da Secretaria do Meio Ambiente do Paraná (SEMA), que fiscaliza o cumprimento da legislação no Estado.
O contrato para realização desse estudo foi assinado no último dia 20 de Junho, e prevê um prazo de 150 dias entre a coleta, avaliação das embalagens, classificação e elaboração de relatórios, como subsídios para elaboração da proposta ao estabelecimento da logística reversa das embalagens de sementes tratadas. Ao final do estudo, se conhecerá o grau de toxicidade das embalagens, o que permitirá definir a forma da destinação final.
Baixo grau de contaminação
A empresa de consultoria ambiental gaúcha Ecocell realizou o primeiro estudo brasileiro que se tem conhecimento visando a determinar o grau de toxicidade das embalagens de sementes de soja e milho, concluindo que as amostras analisadas poderiam ser recicladas em função do baixíssimo grau de contaminação. O químico da empresa, Wagner David Gerber, participou das primeiras reuniões realizadas entre a Apasem e a Coordenadoria de Resíduos Sólidos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, visando definir a logística reversa no Paraná.
Após a avaliação do que foi realizado no Brasil em testes de avaliação dos resíduos de defensivos de embalagens de sementes tratadas, e por sugestão da SEMA-PR, a Apasem decidiu contratar o Tecpar para realizar um novo estudo, incluindo princípios ativos utilizados atualmente para tratamento em nosso Estado e ampliando o leque de espécies de sementes (cereais de inverno, feijão, soja e milho). “O estudo anterior foi realizado entre os anos de 2010 e 2012 e, embora tenha seu valor como parâmetro, julgamos oportuno realizar novo estudo no âmbito do Tecpar, que coletará para análise as embalagens de sementes tratadas utilizas neste ano”, afirmou o presidente da Apasem, Kazuo Jorge Baba.
Nas próximas semanas a Apasem concluirá o roteiro e a forma de coleta das embalagens para análise, o que será feito em conjunto com o Tecpar. Depois, os estudos serão realizados na sede do instituto, na Cidade Industrial de Curitiba. Como o assunto é uma preocupação nacional, a Apasem abriu a possibilidade de participação das demais instituições do setor no apoio desse estudo. A Abrass – Associação Brasileira de Produtores de Sementes de Soja, já definiu seu apoio, disponibilizando recursos financeiros e também assessoria técnica.