Brazil
November 26, 2014
A certificação é um componente importante da indústria de sementes, já que atua em todas as suas fases de produção. Inicia na inscrição dos campos, passando pelas inspeções (vistorias), colheita, beneficiamento, armazenamento, amostragem, análise em laboratório e, por fim, a emissão do certificado. Seu objetivo é garantir que este importante insumo seja produzido de forma que se conheça sua origem genética e que sejam cumpridas as condições fisiológicas, sanitárias e físicas pré-estabelecidas.
Entre os fatores que compõe o processo de certificação, a inspeção de campos é um dos processos mais importantes para a obtenção de sementes de qualidade em termos de pureza genética, física e sanitária de uma cultivar, pois é nessa etapa que são avaliados se estão sendo atendidos os padrões de qualidade estabelecidos para cada cultura. As normas de produção de sementes estabelecem como obrigatórias as vistorias nas fases de florescimento e de pré-colheita.
As vistorias de campo são de responsabilidade do Responsável Técnico (RT) da empresa produtora de sementes, bem como o preenchimento do Laudo de Vistoria. É durante esse processo que são identificadas possíveis misturas físicas (plantas de outras espécies) e genéticas (plantas da mesma espécie com características genéticas diferentes) nos campos de produção de sementes.
Com essas informações, o produtor pode tomar algumas atitudes para gerenciar o campo, como por exemplo, realizar roguing (processo de eliminação de plantas atípicas).
Para facilitar esse trabalho, além de acompanhar as vistorias dos campos dos produtores de sementes, a Fundação Pró-Sementes, primeira entidade certificadora credenciada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), alicerça seu trabalho de certificação no preceito de pré e pós-controle. O sistema consiste na semeadura de amostras dos lotes certificados na safra anterior e que poderão ser utilizados pelos produtores de sementes para a implantação de seus campos de produção na safra seguinte. O objetivo é avaliar a identidade genética e a pureza varietal dos lotes certificados das categorias básica, C1 e C2.
Nas áreas de pré e pós-controle, as plantas atípicas são identificadas e quantificadas. Essas informações são repassadas pela Fundação para os produtores de sementes responsáveis por meio de um relatório.
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