Brazil
December 3, 2020
A Associação Brasileira de Sementes e Mudas – ABRASEM recebeu, nesta quinta-feira (3), o pesquisador Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja (Paraná). O encontro, que aconteceu por meio de vídeo conferência e reuniu os executivos da ABRASEM, que representam suas associados em todo o país, discutiu a intenção de estreitar parcerias com a Embrapa Soja, instituição com mais de 45 anos de mercado e com um vasto banco de dados e pesquisa em andamento.
Ao longo de 2020 a ABRASEM convidou representantes de diferentes segmentos, para rodada de conversas buscando identificar oportunidades no mercado, visando traçar um plano que aponte projetos e ações que vão ao encontro das necessidades contemporâneas e futuras dos mais de 700 empresários que hoje fazem parte da instituição por meio de sua associadas.
"A Embrapa Soja tem uma enorme gama de possibilidades. Nossa intenção é saber como podemos ajudar e como todo esse potencial da instituição pode ser revertido em parecerias que tragam resultados nas atividades diárias e nos negócios do setor sementeiro brasileiro", frisa o presidente da ABRASEM José Américo Pierre Rodrigues.
Nepomuceno assumiu a chefia geral da instituição há pouco mais de dois meses. Em sua explanação de quase duas horas falou da estrutura do Embrapa, dos projetos em andamento e também dos projetos que a instituição pretende implantar nos próximos dois anos.
"Tivemos uma agenda bastante tomada nestas últimas semanas. Fizemos uma rodada de apresentações com praticamente todos os nossos públicos de relacionamento. A intenção é justamente fomentar parcerias, principalmente com a iniciativa privada, para que mais recursos possam financiar a pesquisa e projetos", explicou o chefe-geral da Embrapa Alexandre Nepomuceno, destacando ainda: "Hoje temos em torno de 12% de nossos projetos por meio de parcerias público privada. Temo um potencial de triplicar esse número podendo chegar a pelo menos 40%".
Mas para isso, segundo ele, é preciso sensibilizar o empresário e instituições que os representa. "Atualmente a iniciativa privada busca soluções muito na fase em que a pesquisa ou o projeto já estejam mais acabados. Porém é preciso um olhar mais estratégico para os projetos embrionários, onde se iniciam todos os processos. Para isso, o desafio é fazer com que o empresariado também se sinta parte desta evolução da agricultura como um todo", exemplifica.
Em andamento
O chefe da Embrapa Soja frisou que em dois meses de gestão grupos de estudos já foram formados para dar andamento em temas contemporâneos com grande demanda em todo o setor do agronegócio. Entre esses eles estão estudos de emissão de carbono, agricultura 4.0 e bioinsumos. "Para se ter uma ideia temos dados de 45 anos de atuação no mercado, isso é extraordinário. Porém fica a pergunta: como fazer com que esses dados gerem valor agregado e ao mesmo tempo se tenha o controle adequado, com total segurança dos mesmos?", indagou o executivo.
Alexandre Nepomuceno finalizou sua participação, falando da disponibilidade da Embrapa em vir a trabalhar com projetos em parceira com o setor sementeiro brasileiro. "Temos mentes e projetos brilhantes. O setor tem em mãos grandes empresas com potencial gigante para melhor ainda mais seus resultados. Pode surgir daqui o início de ótimos trabalhos conjuntos", finalizou.
A Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas – APASEM, também esteve presente no encontro por meio de seu diretor Executivo, Jhony Moller.