Brazil
December 5, 2018
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Kênia Meneguzzi, supervisora de qualidade da Biotrigo Genética
Os brasileiros consomem mais de 11 milhões de toneladas de trigo por ano, mas a produção nacional é de cerca de 5 milhões de toneladas (2017). Além de buscar suprir essa demanda interna com o aumento da produtividade da lavoura, a Biotrigo Genética trabalha para desenvolver cultivares com características distintas que atendam os diferentes tipos de mercado.
“O trigo que produz a farinha para pão não é o mesmo que produz a farinha para biscoito”, explica a supervisora de qualidade industrial da Biotrigo Genética, Kênia Meneguzzi. Dada essa diferença, indústrias e mercado consumidor final estão cada vez mais exigentes e apresentam novas demandas, segmentações e padrões de qualidade.
Para implementar esse trabalho, a Biotrigo busca e troca informações com toda a cadeia tritícola, produtores, sementeiros, técnicos, empresas, indústrias da panificação, de massas, bolos e biscoitos. Mantém ainda contato próximo com a indústria moageira, para agregar informações à pesquisa de cultivares de trigo cada vez superiores, gerando mais benefícios para os agricultores e para os moinhos.
Baseada em três pilares, a Biotrigo trabalha em prol da produtividade (que torna a cultura viável), segurança (que busca minimizar riscos na cultura como Giberela, Brusone, germinação na espiga, entre outros) e qualidade industrial (cultivares com performance adequada para atender cada nicho do mercado).
As cultivares passam por diversos testes no laboratório de qualidade industrial e na padaria experimental e, além disso, mais de 80 moinhos do Brasil testam as linhagens da Biotrigo que integram o programa de melhoramento. Só depois de aprovadas elas são lançadas no mercado.
“O trabalho do melhoramento genético é essencial para conseguirmos suprir a necessidade por esse cereal que até 2050 deve crescer 50%”, explica Kênia, citando dados da agência da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO). “O trigo é extremamente importante para a segurança alimentar do planeta, pois contribui com 19% das calorias na dieta humana, e, portanto, para diminuir a fome de um modo geral”, salienta.
As cultivares são classificadas conforme o uso: trigo pão, melhorador, básico, doméstico e outros usos.
Garante maior liquidez ao produtor e uniformidade de matéria-prima aos moinhos.
Em seus eventos para o mercado, a Biotrigo aborda assuntos como resíduos químicos, DON (micotoxina desoxinivalenol), armazenagem, secagem, mercado, além de apresentar os resultados de pesquisas internas que abordam temas que vão da semeadura, moagem do grão até a panificação.
Requerem em média 10 anos de pesquisa, num processo criterioso de alto custo. Apenas os melhores trigos chegam à lavoura e até a mesa do consumidor.
Trigo para panificação – 56%
Trigo para biscoitos – 10%
Trigo para massas – 10%
Outros – 24%
Fonte: Abitrigo