Brazil
October 31, 2023
A antracnose é uma doença fúngica que afeta a produção de pimentões em todo o mundo. Para controlar essa doença, é importante adotar medidas culturais, como remover ervas daninhas hospedeiras e plantas solanáceas voluntárias, incorporar resíduos de colheita ao solo e limpar equipamentos de campo e veículos. Além disso, é recomendado plantar pimentões em campos com boa drenagem e evitar a irrigação aérea para reduzir a umidade no solo e prevenir a disseminação da doença.
Os sintomas da antracnose nos frutos incluem manchas escuras e afundadas, que podem se espalhar rapidamente e causar a podridão do fruto. O Colletotrichum scovillei é um dos principais patógenos responsáveis pela antracnose do pimentão e pode desenvolver resistência a fungicidas, o que torna o controle da doença ainda mais desafiador. É importante lembrar que as recomendações para o controle da antracnose do pimentão devem ser usadas como referência rápida e não substituem a opinião profissional de produtores, agrônomos e patologistas.
Figura 1. Lesões de antracnose em frutos de pimentão (A) maduros e (B) verdes.
Figura 2. Lesões múltiplas de antracnose em frutos de pimentão. Gerald Holmes, Strawberry Center, Cal Poly San Luis Obispo, Bugwood.org.
Além das medidas culturais, o uso de fungicidas pode ser uma opção para controlar a antracnose do pimentão. No entanto, é importante escolher o fungicida correto e aplicá-lo de acordo com as instruções do fabricante para evitar a resistência dos patógenos. A resistência a fungicidas é um problema crescente na agricultura e pode ser causada pelo uso excessivo ou inadequado de produtos químicos. Para evitar a resistência, é recomendado alternar os fungicidas usados e aplicá-los em momentos estratégicos do ciclo de vida da cultura.
Em resumo, a antracnose do pimentão é uma doença fúngica que pode causar graves reduções de produtividade. Para controlar a doença, é importante adotar medidas culturais, escolher o fungicida correto e aplicá-lo de acordo com as instruções do fabricante. Além disso, é fundamental estar atento ao desenvolvimento de resistência a fungicidas na população de patógenos e alternar os produtos químicos usados para evitar esse problema.
No Brasil, a espécie Colletotrichum scovillei foi reportada pela primeira vez em 2014 e é parte do complexo da antracnose do pimentão juntamente com Colletotrichum acutatum, que é a espécie prevalente, C. boninense, C. capsici, C. coccodes e C. gloeosporioides.
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