Milho e soja
O milho enfrentou uma redução de 14,3% na área plantada no Estado, atrelada à queda de 7% na produtividade em relação à safra anterior, o que pode implicar em diminuição de 20,4% no volume total produzido no Estado nesta safra. Se o cenário se confirmar, Santa Catarina terá produzido 500 mil toneladas a menos do grão do que no período anterior, já considerando uma estimativa de segunda safra em torno de 20mil hectares.
A redução da área plantada de milho se reflete na soja. A produção de Santa Catarina na safra 2016/17 foi de 2,4 milhões de toneladas, em uma área de 658 mil hectares. Para a safra 2017/18, a expectativa de incremento de 8% de área plantada em relação à safra anterior (2016/17), devendo alcançar 708 mil hectares cultivados com o grão.
Pecuária e leite
O ano de 2018 iniciou com um tímido movimento de alta nos preços do frango. A média preliminar de fevereiro (referente ao período de 01 a 09/fev/2018) atingiu o valor de R$ 2,144/kg em Chapecó, praça de referência para esse produto. Tal valor representa um incremento de 1,43% em relação à média de dezembro. As exportações também cresceram em janeiro, após quatro meses seguidos de queda. Contudo, na comparação com janeiro de 2017 o resultado foi negativo: queda de 8,85%.
Já o mercado do boi gordo, que fechou o ano em alta e manteve certa estabilidade em janeiro, voltou a apresentar oscilações negativas na maioria das praças do país, associada à queda na demanda após as festas de final de ano. A suspensão das exportações para Rússia pode se tornar um problema para o setor, caso persista.
O embargo da entrada de carnes catarinenses na Rússia também afetou a suinocultura. “De forma geral, o mercado brasileiro segue aguardando definições quanto a uma eventual reabertura do mercado russo, bem como na expectativa de que os embarques de carne suína sejam impulsionados neste ano pelas vendas para a Coreia do Sul”, descreve o documento.
O ano de 2017 foi o de maior captação de leite na história do Brasil, com aumento de 7,9% em relação a 2016. Com relação aos preços, a expectativa não é boa. Depois de uma sinalização de recuperação de valores ao final de 2017, alguns produtos lácteos tiveram redução de preços no mercado atacadista, repercutindo negativamente sobre o valor de referência projetado para o mês de janeiro, que serve de parâmetro para os preços que estão sendo pagos pelas indústrias aos produtores neste mês de fevereiro.
Banana
A banana foi a fruta avaliada nesta edição do Boletim, que informa que em dezembro de 2017 a cotação da variedade caturra valorizou 39,1% em relação ao mês anterior, graças ao aumento na demanda. Mas, ao longo de 2017, a alta oferta da fruta nos bananais manteve as cotações desvalorizadas. A expectativa é de que a oferta se mantenha alta, mas a qualidade da fruta e o aumento da demanda, com o início do ano letivo, pressionem os preços, com recuperação nas cotações da variedade.
Leia aqui a íntegra do Boletim.Este post foi publicado em Unidade Estadual e marcado com a tag alho, arroz, Boletim Agropecuário, cebola, Epagri/Cepa, feijão, milho em 22 de fevereiro de 2018 por Gisele Dias.