Brazil
January 7, 2013
Fonte: Valor Online/Fernanda Pressinott
Os produtores de sementes esperam um ano favorável para o setor, com crescimento de 10% no faturamento sobre os R$ 9 bilhões estimados em 2012.
A expectativa é baseada no aumento da área de plantio de soja - a principal cultura do agronegócio brasileiro - na safra 2012/13, segundo o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison Neto. Nesta safra deverão ser plantados 27,45 milhões de hectares segundo a consultoria Céleres, 9,3% mais que em 2011/12. "Se levarmos em consideração que cada hectare gera R$ 100 para o setor de sementes, podemos dizer que só com soja teremos o faturamento de R$ 2,75 bilhões", diz Barison. O presidente da Abrasem trabalha com a estimativa de 1,73 milhão de sementes consumidas pelos produtores da oleaginosa neste ano.
No caso do milho, a estimativa é que a área de 15 milhões de hectares seja mantida em 2013, entretanto, esta cultura é mais rentável para o setor de sementes e gera R$ 400 por hectare em faturamento. Sendo assim, a estimativa da Abrasem é que as plantações de milho neste ano (nas safras de verão e inverno) gerem R$ 6 bilhões. O consumo de sementes de milho deve chegar a 282 mil. "Os produtores de grãos estão capitalizados e, sempre que isto ocorre, eles procuram sementes de melhor qualidade, com biotecnologia envolvida e qualidade de germinação vigorosa", afirma.
No cálculo do faturamento de R$ 9 bilhões anuais, estimados pela Abrasem para 2013, entram sementes dos mais diversos tipos de plantas e flores e mais de 700 empresas multiplicadoras, além das gigantes do setor como Monsanto, Basf e Syngenta.
As perspectivas no longo prazo, diz Barison, são de um crescimento ainda maior para o setor, com a chegada de sementes de soja tolerantes à seca e com adição de ômega 3 na composição. "Até 2020, essas variedades estarão no mercado", garante. Segundo ele, todas as grandes produtoras de sementes estão envolvidas com o desenvolvimento dessas novas variedades.