Brazil
November 27, 2020
Photo: Carlos Solano
A página do “Hortaliça não é só Salada” ganhou novos saberes e sabores: dessa vez são pimentas pertencentes a três grupos varietais – pimenta-de-cheiro, habanero e jalapeno – que figuram como as mais novas parceiras do grupo das hortaliças integrantes do “Como Comprar, Conservar e Consumir”, um dos cinco eixos temáticos do programa.
A pesquisadora Milza Lana, da área de Pós-Colheita da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), idealizadora do programa, explica que a ideia de inserir as pimentas na página levou em consideração o pouco conhecimento relacionado às diferenças entre as variedades existentes. Segundo ela, apesar de serem produzidas em larga escala nos estados de São Paulo e Goiás e encontradas no mercado nacional, as pimentas dos tipos habanero e jalapeño não são muito conhecidas dos brasileiros, enquanto que a pimenta-de-cheiro é menos consumida fora do Distrito Federal e de Goiás.
“Uma maneira de estimular o consumo e, ao mesmo tempo, ajudar o produtor a comercializar a sua produção é divulgar as características e o uso de cada tipo de pimenta, além dos já conhecidos molhos e conservas”, considera a pesquisadora.
Na esteira dessas ponderações, a pesquisadora Cláudia Ribeiro e a analista Sabrina Carvalho, que desenvolvem trabalhos de melhoramento genético de pimentas, destacam a importância da inserção do conteúdo sobre a hortaliça como forma de indicar, por exemplo, as diversas formas de consumo, em função de cada tipo. “Muita gente ignora, por exemplo, que os frutos de pimenta-de-cheiro são consumidos principalmente frescos e verdes (imaturo), como uma hortaliça”, observa Ribeiro.
Na opinião da analista, outra informação importante diz respeito ao uso das pimentas no preparo de sobremesas (habanero), em pizzas, saladas, pães, arroz e feijão, sem deixar de considerar a questão nutricional. “As pimentas são ricas fontes de vitamina C e, no geral, produzem mais que o dobro dessa vitamina (mg/100 g) se comparada com outros alimentos como laranja, pera, brócolis, tomate e cenoura, além de conter provitamina A e fibras”, elenca Costa.
Novo alimento
Outra novidade relacionada ao “Hortaliça não é só Salada” é a apresentação do ovo para além do consumo já conhecido. Na linha temática do eixo “Hortaliça combina com todas as refeições”, o ovo é apresentado com suas versatilidades em folder ou cartilha, disponíveis em PDF e html, com informações sobre diferentes formas de introduzi-lo no cardápio. “A proposta é mostrar que além de ser um alimento altamente nutritivo, o ovo pode combinar com praticamente tudo, o que possibilita consumi-lo de diversas maneiras”, aponta Lana, que chama a atenção para o fato de os novos conteúdos estarem disponíveis, inclusive para impressão, gratuitamente, no site. “São de domínio público”.
A pesquisadora informa que o conteúdo das peças foi produzido em parceria com a Embrapa Suínos e Aves (Concórdia-SC), em um trabalho conjunto, e que uniu as expertises das pesquisadoras Vivian Feddem e Helenice Mazzuco, das áreas Ciência de Alimentos e de Nutrição, e de Fisiologia Avícolas, respectivamente.
Vinculação
Todo o material disponibilizado, de acordo com Lana, está incluído nas linhas do projeto “Quantificação e recomendações para redução de perdas pós-colheita de hortaliças na produção e no mercado varejista”, e ao projeto da FAPDF “Quantificação e proposta de ação para a redução de perdas de hortaliças do campo à mesa no Distrito Federal e Entorno”. “Esse resultado compreende três cartilhas da coleção “Hortaliça não é só Salada”, explica a pesquisadora, que acrescenta estar o conteúdo disponível on-line nos seguintes endereços:
Política pública
A pesquisadora informa que o conteúdo do “Hortaliça Não é só Salada” visa atender as recomendações de duas políticas públicas do Estado brasileiro:
- Promoção da alimentação saudável, conforme Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.
- Campanhas informativas para o público em geral visando à redução da perda de alimentos, conforme a Estratégia Intersetorial para a Redução de Perdas e Desperdício de Alimentos no Brasil.
E, por fim, também atende dois ODS da Agenda 2030, quais sejam ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável e ODS 12 – Consumo e produção responsáveis.
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